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“Meu papel não é escolher presidente dos Estados Unidos”, diz Lula

Presidente diz que relação do Brasil será com quem for eleito nos EUA
Joe Biden e Lula durante encontro na Casa Branca | Foto: Ricardo Stuckert/ PR
Joe Biden e Lula durante encontro na Casa Branca | Foto: Ricardo Stuckert/ PR

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Em primeiro comunicado após desistência de Joe Biden da cadidatura presidencial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou seu respeito pelo atual presidente dos Estados Unidos e disse que somente o democrata poderia decidir se seria ou não candidato ao pleito presidencial. Segundo Lula, a relação do Brasil será “com quem for eleito”.

“Eu fiquei muito feliz quando o presidente Biden foi eleito e mais ainda pelos posicionamentos dele em defesa dos trabalhadores. Estabelecemos juntos uma parceria estratégica em defesa do trabalho decente no mundo. Eu gosto e respeito muito ele. Somente ele poderia decidir se iria ou não ser candidato”, escreveu Lula em publicação no X, antigo Twitter, nesta segunda-feira (22). O presidente brasileiro ainda não havia se manifestado sobre a desistência de Biden da corrida eleitoral, anunciada no domingo, dia 21.

Lula afirmou que, agora, o Partido Democrata terá que escolher “uma candidata ou um candidato”, “e que o melhor vença a eleição”. “A relação do Brasil será com quem for eleito. Temos uma parceria estratégica com os Estados Unidos e queremos mantê-la.”

Ainda nesta segunda, em entrevista concedida no Palácio da Alvorada, Lula reafirmou que terá uma relação civilizada, seja com quem for.

“O meu papel não é escolher presidente dos Estados Unidos, o meu papel é conviver com quem é o presidente dos Estados Unidos. Então seja um candidato democrata, seja o Biden, seja o Trump, a nossa relação vai ser uma relação civilizada de dois países importantes que têm uma relação diplomática de séculos e que a gente quer manter. E que temos parcerias estratégicas importantes com os Estados Unidos, nós queremos manter.”

 

Desistência de Biden

No domingo, Biden anunciou que irá abrir mão de sua candidatura na disputa pela presidência americana contra o republicano Donald Trump. O anúncio ocorreu após semanas de tensão entre os democratas com as crescentes dúvidas sobre a saúde e a aptidão mental de Biden, aos 81 anos, para servir um segundo mandato.

No comunicado, Biden anunciou apoio público à vice-presidente Kamala Harris como candidata à Casa Branca. Em seguida, o presidente americano voltou às redes sociais para convocar os apoiadores do partido a realizar doações para a campanha de Kamala.

Integrantes do governo Lula avaliam que a desistência de Biden para concorrer à reeleição pode enfraquecer a campanha a favor de Trump. Na visão de interlocutores, o possível lançamento de Kamala na disputa presidencial deve estimular diferentes grupos sociais a votarem, o que fortalece o Partido Democrata.

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