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Após áudio com Ramagem, deputado do DF pede “cadeia” para Bolsonaro

Distrital enxergou crime cometido pelo ex-titular do Planalto para blindar o senador Flávio Bolsonaro
Jair Bolsonaro comparou os tiros disparados contra Trump à facada que levou em Juiz de Fora (MG)
Ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Zack Stencil/PL

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O deputado distrital Fábio Felix (PSol) defendeu, nesta segunda-feira (15), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja preso após a divulgação de um áudio de uma reunião com o ex-titular do Palácio do Planalto e Alexandre Ramagem, então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

De acordo com a Polícia Federal, que teve acesso à gravação durante as investigações da chamada “Abin paralela”, o áudio revela Ramagem sugerindo a abertura de procedimentos administrativos contra auditores fiscais que estavam investigando Flávio Bolsonaro, com o intuito de anular as investigações.

Bolsonaro teria concordado com a proposta, que posteriormente resultou no arquivamento do processo contra o senador em 2022.

“O áudio não deixa dúvidas! Ouçam Jair Bolsonaro falando com a defesa de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) que ‘é o caso de conversar com o chefe da Receita Federal’ para resolver o assunto e blindar seu filho nas investigações da rachadinha. Bolsonaro na cadeia, JÁ!”, defendeu. 

Veja a publicação do distrital:

Investigação

Para a PF, a gravação de 1 hora e 8 minutos é incriminatória e aponta para a atuação de Ramagem na tentativa de interferir no andamento das investigações.

Neste áudio, é possível identificar a atuação do Alexandre Ramagem indicando, em suma, que seria necessário a instauração de procedimento administrativo contra os auditores da Receita com o objetivo de anular a investigação, bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos, conforme registrou a investigação da Polícia Federal.

As suspeitas de envolvimento de Flávio Bolsonaro em um esquema de rachadinhas surgiram no final de 2018, quando um relatório do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou movimentações suspeitas de recursos por parte de Fabrício Queiroz, ex-funcionário do gabinete do senador na Alerj.