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Entenda o que é o Fenótipo Ampliado do Autismo e como identificá-lo

Especialista explica os sinais e cuidados necessários para crianças com FEA
Foto: Freepik

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Uma em cada 100 crianças é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os sinais geralmente são identificados na primeira infância, incluindo falta de interação social, movimentos e palavras repetitivas, reação inadequada a estímulos e atraso na fala.

A neuropsicóloga Thays Stephanie explica que o Fenótipo Ampliado do Autismo, ou Fenótipo Expandido, inclui algumas características semelhantes ao autismo, mas não preenche todos os critérios do DSM-5. Ela ressalta a importância de uma avaliação criteriosa para distinguir sintomas, contexto individual e comportamento.

“Ainda que não haja um diagnóstico completo, os prejuízos funcionais podem persistir, afetando as habilidades sociais, acadêmicas e emocionais”, destacou.

Mas o que é o Fenótipo Ampliado do Autismo ou Fenótipo Expandido? A médica afirma que ao contrário do diagnóstico completo do transtorno do espectro autista, que requer o cumprimento de todos os critérios do DSM-5, o fenótipo ampliado pode incluir apenas algumas dessas características.

Segundo Thays, apesar dos sinais, somente uma boa avaliação com um bom profissional pode distinguir o que é sintoma, o que é do contexto do indivíduo e o que é comportamental, mas é importante lembrar que nem todas essas características fazem com que a pessoa entre e preencha os critérios para diagnóstico de TEA.

Ela complementa que assim como o autismo, há comorbidades frequentemente associadas ao FEA, que incluem ansiedade, transtornos de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) , entre outros. ]

“Essas comorbidades podem impactar a intervenção ao exigir abordagens terapêuticas adaptadas às necessidades individuais de cada criança”, pontua.

No tratamento do FEA, intervenções comportamentais como ABA e TCC são eficazes, além de estratégias de apoio em casa e um ambiente escolar inclusivo com suporte adequado. Além disso, em casa, os pais podem implementar estratégias de apoio e comunicação clara.

“É essencial um plano educacional individualizado que atenda às necessidades específicas da criança com FEA”, conclui a especialista.