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Audiência de custódia mantém José Rainha Júnior em prisão preventiva

Decisão da Justiça também alcança outro líder da FNL, Luciano Lima, preso na mesma cadeia

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O líder da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), **José Rainha Junior**, preso na tarde de sábado (4), **passou por audiência de custódia neste domingo (5) e foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá**, no sudoeste de Estado de São Paulo, **onde será mantido em prisão preventiva**. Luciano Lima, outra liderança do movimento, também foi preso ontem e, assim como Rainha, ouvido pelo juizado e encaminhado para o CDP. **Ambos foram detidos em operações realizadas pela Polícia Civil.**

Segundo nota divulgada pelo órgão, **as prisões foram resultado de um inquérito que investiga se os acusados estariam aproveitando-se do movimento social para extorquir proprietários rurais**. “O grupo de pessoas teria constrangido, mediante grave ameaça, seis vítimas, com o intuito de obter para si e para outrem indevida vantagem econômica”, afirmou a Polícia Civil.

**Há duas semanas, a FNL desencadeou o chamado Carnaval Vermelho, invadindo oito fazendas no Pontal e uma no Mato Grosso do Sul.** No entanto, a nota da Polícia Civil sinaliza que **a prisão de Rainha e Lima, por extorsão, não tem relação com esses atos**, que estariam sendo apurados em diferentes investigações.

**Apreensão de armas**

**Outro inquérito incorrente da violência na região do Pontal do Paranapanema investiga os crimes de milícia armada e disparos de armas.** Apenas durante uma operação realizada na sexta-feira (3) a equipe de polícia apreendeu dois fuzis 556, duas espingardas calibre 12 e uma espingarda calibre 357. **Ninguém foi preso, porque as armas estavam regularizadas**, mas elas serão submetidas a perícia criminal com o objetivo de identificar os atiradores. Todos os armamentos apreendidos estavam em posse dos proprietários rurais envolvidos no conflito.

“O ciclo de violência nasce com as extorsões, invasões de terras e com os disparos de arma de fogo, incluindo fuzil por parte de proprietários”, destaca a nota da Polícia Civil, que reforça que as operações policiais dos dias 3 e 4 “visam reestabelecer a paz e o controle estatal na resolução de conflitos agrários”.