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Com brasileira, Time divulga lista de Mulheres do Ano

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, entrou no ranking. Veja a relação completa

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_”Mulheres extraordinárias que estão liderando um mundo mais igualitário”_. Assim a revista _Time_ define as **integrantes** da lista anual de _Mulheres do Ano_. A brasileira escolhida foi **Anielle Franco**, ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle Franco, que acaba de entrar para o _ranking_.

Tendo como critério escolher mulheres de **diferentes lugares** do mundo que _”tiveram um impacto significativo em suas respectivas comunidades”_, estão na lista **atrizes, ativistas, executivas, jornalista**, entre outras. Veja a relação completa:

**Cate Blanchet, atriz australiana**

Indicada ao Oscar de melhor atriz, Cate foi incluída na lista pelo exemplo de suas personagens e por seu envolvimento em temas atuais, como o aquecimento global, propondo mudanças dentro de seu setor, como o reaproveitamento de cenários e a redução de deslocamentos longos para gravações de filmes.

>”Blanchett (…) está ciente de que um problema global se conecta a outro, e ainda outro. A crise climática, diz, é um dos maiores desafios que enfrentamos como espécie, e ela está alarmada com a quantidade de desperdício que vê em sua área de atuação. (…) Por que enviar uma equipe de batedores de localização quando você pode se contentar com um ou dois? Por que não conhecer virtualmente em vez de viajar?”, escreve a revista.

![Foto: Reprodução/Instagram](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Snapinsta_app_1080_269870608_897662977588168_3556314567597865660_n_bd0318c8ba.jpg)

**Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial do Brasil**

>“A trágica história familiar, a personalidade calorosa e o uso hábil das mídias sociais transformaram Anielle, ora reservada, em uma líder improvável no movimento pelos direitos dos negros no Brasil”, descreveu a publicação.

A Time destaca que a ministra tem hoje 38 anos, a mesma idade que Marielle Franco tinha quando foi assassinada e hoje é a ministra responsável por cobrar que o país dê chance a segmentos da população historicamente marginalizados.

![Foto: Reprodução/ GloboNews](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/gnews_anielle1_9d09eddcdc.webp)

**Ayisha Siddiqa, ativista paquistanesa**

Ayisha foi escolhida pelo seu papel ativo pelos direitos humanos e contra o aquecimento global. Nascida e criada em uma comunidade tribal do Paquistão, ela se destacou no papel de liderança que exerceu durante as enchentes que atingiram seu país em setembro, matando mais de 1.700 pessoas, pelo menos 400 delas crianças.

>”Aos 14 anos, Siddiqa percebeu como o meio ambiente pode ser inseguro depois de testemunhar a doença e a morte – inclusive de seus avós – que vieram da água poluída do rio de sua comunidade. Aos 16 anos, ela experimentou outro despertar ao tomar consciência da ligação entre os direitos humanos e as mudanças climáticas. Para muitos, exigir ar e água limpos significava arriscar suas vidas. Crescer em uma comunidade tribal matriarcal no leste do Paquistão ajudou a moldar sua perspectiva”, diz a Time.

![Foto: Reprodução/Twitter](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/zb_Sgz5eo_400x400_68e1d7b965.jpg)

**Angela Bassett, cantora e atriz norte-americana**

A protagonista de “Pantera Negra: Wakanda para sempre” foi uma das escolhidas pela Time por “fazer história no Oscar”. Ela foi a primeira atriz de um filme da Marvel a concorrer a uma estatueta por atuação – Bassett foi uma das indicadas na categoria de melhor atriz coadjuvante da cerimônia deste ano.

>”Como a rainha Ramonda em Pantera Negra, Bassett retrata uma mãe sofrendo pela perda de seu filho enquanto tenta descobrir como liderar seu povo. Ela conta que sua experiência em interpretar personagens que incorporam tantas coisas ao mesmo tempo a ajudou a perceber que não há problema em ser tudo para todos o tempo todo”, escreveu a revista.

![Foto: Marvel Studios/Annette Brown](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/angela_bassett_como_a_rainha_ramonda_em_pantera_negra_wakanda_para_sempre_1669390768600_v2_900x506_4511f07230.jpg)

**Makiko Ono, executiva japonesa**

A multibilionária empresa de bebidas Suntory será a mais valiosa do Japão sob o comando de uma mulher. Makiko Ono assumirá a posição de CEO no dia 24 de março, em um país onde apenas 1% dos altos cargos em grandes empresas são ocupados por mulher, segundo a reportagem da Time.

Solteira, Ono disse que decidiu não formar uma família e isso foi fundamental para seu sucesso, mas que esse tipo de decisão não será mais necessária para as mulheres na sua empresa. “Hoje, 100% das funcionárias que tiveram filho voltaram ao trabalho”, disse.

![Foto: Reprodução](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/img_03_324361f3ae.webp)

**Masih Alinejad, jornalista iraniana**

Exilada do Irã em 2009, a ativista Masih Alinejad luta contra as restrições impostas às mulheres em seu país, entre elas o uso obrigatório do véu islâmico. Perseguida politicamente, ela vive nos EUA com o marido e o filho em uma casa secreta, protegida pelo FBI, e já sobreviveu a pelo menos duas tentativas de assassinato.

Em 2014 ela começou uma campanha onde pedia que as iranianas enviassem vídeos sem o véu, feitos dentro de suas casas, para ela postar em seu Instagram. Quando Mahsa Amini foi assassinada por não usar o véu corretamente, ela pediu que todas as feministas do ocidente apoiassem, cortassem o cabelo, queimassem um lenço de cabeça, fizessem algo que ampliasse o debate e dessem força ao protesto dentro do Irã. “Use sua liberdade para dizer o nome dela”, escreveu ela no ano passado.

![Foto: Reprodução/Twitter](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/mg_J4c904_400x400_080573248b.jpg)

**Megan Rapinoe, jogadora de futebol norte-americana**

A jogadora da seleção feminina de futebol dos EUA conquistou pagamento igual aos dos jogadores masculinos após anos de luta e negociações. Ela chegou a ouvir que o trabalho das mulheres não era equivalente em termos de “habilidade, esforço e responsabilidade”. A mobilização, e conquista, de Rapinoe inspira outras mulheres ao redor do mundo.

![Foto: Reprodução](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Megan_Rapinoe_May_2019_cropped_d24cc22a58.jpg)

**Olena Shevchenko, ativista ucraniana**

Antes mesmo da invasão da Rússia, a ativista Olena Shevchenko já era uma das principais defensoras das mulheres e comunidades LGBTQIA+ na Ucrânia. “Você tem que lembrar aos outros que as mulheres não são apenas pessoas que você precisa para dar à luz novos soldados e para cuidar de nosso heróis”, disse Shevchenko, reforçando que as mulheres são sim muito ativas na guerra em “diferentes frentes de batalha”.

![Foto: Reprodução](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Olena_Shevchenko_1_b5c6ceae4a.jpg)

**Phoebe Bridgers, cantora e compositora norte-americana**

A artista estreou com o álbum de estúdio Stranger in the Alps, seguido por Punisher, que lhe rendeu ampla aclamação, da crítica e do público, e quatro indicações ao Prêmio Grammy, incluindo a de Artista Revelação.

![Foto: Reprodução](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Phoebe_Bridgers_41599189180_cropped_1e3c46cf6c.jpg)

**Ramla Ali, campeã de boxe somali, modelo e ativista dos direitos dos refugiados**

Para a Time, Ramla Ali se destacou também ao se tornar uma voz importante na luta pelo direito dos refugiados. Ali se mudou para o Reino Unido quando pequena junto de sua família, que ganhou asilo no país. Lá, ela criou e mantém uma ONG que dá aulas de boxe gratuitas a mulheres de baixa renda, principalmente as de minorias étnicas e religiosas com quatro filiais em Londres e uma em Los Angeles.

![Foto: Reprodução/Instagram](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Snapinsta_app_1080_333526189_127955720207598_9181017905152706182_n_fd9c34dc5e.jpg)

**Quinta Brunson, escritora, produtora e atriz norte-americana**

A Time afirmou ter incluído Brunson na lista por conta de sua série de comédia, Abbot Elementary, que, segundo a revista, faz um “retrato satírico, mas amoroso, de professores, zeladores, diretores e pais de alunos tentando sobreviver em uma escola pública subfinanciada”.

![Foto: Reprodução/Instagram](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Snapinsta_app_1080_318026177_139677601912542_3269057215415989848_n_9be41377b2.jpg)

**Verónica Cruz Sánchez, ativista mexicana**

A mexicana se destacou, segundo a revista, por liderar um grande movimento que ajuda mulheres de áreas do México onde o aborto é criminalizado, a interromperem a gestação de forma segura. Agora, Sánchez cruzou a fronteira e tem levado o mesmo trabalho para o Texas, nos Estados Unidos, onde o procedimento também é ilegal.

![Foto: Niktehabrc/Wikimedia](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/vero_cruz_ffe77db8c6.webp)