O senador Eduardo Girão (Novo-CE), apresentou o PL 3267/2025 que proíbe a fabricação, comercialização, importação, exportação, publicidade e o consumo de narguilés, além de vedar também os acessórios do produto, como essências, carvões e filtros. No Senado, o projeto foi bem recebido por parlamentares após cientistas afirmarem que o narguilé é 100 vezes mais nocivo que o cigarro.
Apoiado pelo governo Federal que lançou da campanha “Sem Cigarro, Mais Vida” do Ministério da Saúde, Girão afirma que a substância contém nicotina e outros 4.700 ingredientes tóxicos.
Uma sessão de narguilê pode durar 45 minutos, e, segundo o Ministério, os impactos no organismo aumentam a concentração de nicotina e monóxido de carbono no organismo. Com isso, os batimentos cardíacos se aceleram e ainda ocorre uma exposição intensa a metais pesados, altamente tóxicos e de difícil eliminação, como o cádmio.
A intenção é desmistificar a ideia de que seu consumo é inofensivo, porque é tão nocivo quanto os vipers, segundo especialistas. O uso de narguilé pode causar doenças respiratórias, coronarianas e alguns tipos de câncer, como o de pulmão, boca, bexiga e leucemia. O narguilé contém nicotina, substância que causa dependência, podendo levar a um ciclo vicioso de uso.
“O compartilhamento de narguilé também pode facilitar a transmissão de doenças como herpes, hepatite C e tuberculose. Além de ser prejudicial à saúde, o uso de narguilés passou de 50% em experimentações entre jovens isso tem um impacto direto na economia brasileira e nas lotações de hospitais”, informou.
Origem do narguilé
O narguilé tem origem oriental e é, de maneira simplificada, um cachimbo de água e seu uso traz uma experiência lúdica coletiva e sensorial, que atrai grupos de jovens em busca da socialização. O ar aquecido por carvão passa pelo fumo e resfria no líquido antes de ser aspirado – e eliminado em seguida – pelo usuário, que perfuma o ambiente com a essência escolhida, composta de tabaco e aromatizantes como chocolate, canela e frutas, que atrai mais usuários.