A alimentação saudável fora de uma obrigação rígida e dentro de um estilo de vida consciente e intuitivo, no qual escutamos o nosso próprio corpo. Assim podemos definir parte do que é a nutrição ou alimentação intuitiva, uma forma de se nutrir focando nos sinais que o corpo manda em relação à fome, preferência alimentar e saciedade.
“Em vez de comer, porque você precisa ou porque mandaram, a alimentação intuitiva ressignifica a alimentação, faz com que olhemos para nós mesmos e confiemos nos nossos instintos, nas sensações que o nosso corpo nos manda para guiar essas escolhas”, explica Daiana Parisato (@daianaparisato), produtora de conteúdo que foca na área de nutrição.
Daiana tem mais de 550 mil seguidores no Instagram e mais de 1,6 milhões no TikTok. Ela entrou no universo das redes sociais em 2020, assim que iniciou o curso de Nutrição. De forma leve e descontraída, com uma comunicação clara e assertiva, Daiana tem trazido ao seu público informações de qualidade sobre alimentação e ajudado muito seguidores a alcançar metas que antes pareciam bem distantes.
“Eu sou uma pessoa que só consigo ensinar algo que eu realmente validei no meu dia a dia. E a alimentação intuitiva veio como solução para muitos problemas pessoais. Já enfrentei problemas de distúrbios alimentares com as minhas dietas e eu, que era uma pessoa 100% adepta ao foco, força e fé, comecei a pagar com a própria língua e entender que não adianta você ter conhecimento de macronutriente, de proteína, de carboidrato, de gorduras nas quantidades equilibradas, se o seu comportamental não está alinhado”, conta.
Sem dieta, Daiana conseguiu emagrecer 7 kg no último ano. Mas calma, não é que a profissional seja contra dietas, mas o método que funcionou para ela comer de forma mais saudável e funcional, dispensa as dietas e foca no que o corpo pede, um dos valores da nutrição intuitiva. E se essa vertente ainda segue um pouco confusa, vamos aos 10 pontos que a sustenta:
1. Xô dietas (Rejeite a mentalidade da dieta)
Você percebe as necessidades do seu corpo e é o responsável por decidir quando comer, o que comer e quando parar. Ou seja, o que for ditado externamente deixa de ser válido.
2. Está com fome? Coma! (Honre sua fome)
Respeite os sinais que seu corpo está dando e coma quando sentir fome em uma quantidade e qualidade que satisfaçam a sua necessidade.
3. É proibido proibir (Faça as pazes com a comida)
Sem restrições e exageros, neste tipo de alimentação é necessário fazer as pazes consigo mesmo e caso surja a vontade de comer um hambúrguer, uma pizza, aquele chocolatinho, por favor, faça-o sem culpa, mas também sem exageros.
4. O psicológico é um aliado (Desafie o policial da comida)
A culpa e o julgamento muitas vezes é um grande problema nas dietas e aquela bola fora pode ser o suficiente para desistirmos de todo o processo. Por isso, por aqui, o ideal é trabalhar a mente e treinar a forma que nos tratamos, sempre de olho na bondade, na permissão e na esperança.
5. Saciou? Parou (Respeite sua saciedade)
Com um autoconhecimento afinado, nessa forma de se alimentar, é preciso respeitar a saciedade. Comer com calma e atenção é essencial, sempre observando os sinais do corpo. Percebeu que saciou? Parou!
6. Comer é muito bom! (Descubra um momento de satisfação)
Comer o que queremos, em um ambiente agradável e que nos faça bem, nos dá sensação de satisfação. Essa satisfação, então, tornara-se uma poderosa força na percepção da saciedade e do contentamento.
7. Nas emoções a gentileza é essencial (Honre seus sentimentos sem a comida)
Há outras maneiras de aliviar o estresse, a ansiedade, a tensão e a tristeza sem a comida. Não que seja proibido, não é. Mas usar (sempre) a alimentação como forma de lidar com questões emocionais, pode não ser a atitude mais saudável para o corpo. Por isso, seja gentil com as suas emoções e encontre outras formas de se acalmar, como exercício de respiração, por exemplo. A comida não resolverá as nossas emoções.
8. Ame, respeite e aceite seu corpo (Respeite seu corpo e aceite sua genética)
Não importa o peso, o tamanho ou a forma que o nosso corpo esteja. O primeiro passo, mesmo que necessite de mudanças, é respeitá-lo e aceitá-lo como ele está. Na alimentação intuitiva, a gentileza também entra por aqui.
9. Movimente-se de maneira agradável (Exercite-se)
Ao movimentar-se, sinta o seu corpo e perceba a diferença. Em vez de focar na obrigação de exercita-se, na perda de calorias… mude o olhar para como você se sente ao exercitar-se e perceba como o seu corpo responderá de forma muito mais gentil ao estímulo.
10. A nossa saúde merece (Honre sua saúde)
Na alimentação intuitiva, não são ignoradas as recomendações nutricionais ou diretrizes oficiais para alimentação saudável. A questão aqui é que a alimentação pode se tornar algo mais leve e gentil, respeitando e observando o corpo e os sinais que ele dá.
As emoções na alimentação intuitiva
“Abraçar o emocional como prática do aspecto alimentar” é a primeira dica de Daiana para os leitores. A produtora de conteúdo explica que quanto mais proibições alimentares nosso cérebro computa, mais uma força oposta nos fará ter mais vontade de comer o proibido.
“Quando aprendemos abraçar o emocional como parte do aspecto alimentar, conseguimos uma alimentação muito mais prazerosa e muito menos descompensada. Isso era o grande problema das dietas: as dietas tradicionais funcionam, com plano alimentar e com nutricionistas calculando funcional, a grande questão é que quando não colocamos na equação o fator emocional há descompensação. Porque sempre vamos recorrer ao alimento como modulador emocional”, explica.
Diante disso, o uso da alimentação intuitiva, ainda segundo Daiana, não é taxar que nunca comeremos por emoção, mas é trazer a hiper consciência à racionalização dessa emoção e tentar tornar a cognição uma aliada.
E como podemos modular o estresse que passamos no dia a dia? É só pela comida? Existem formas de aliviar o estresse, a ansiedade e a tristeza sem recorrer à alimentação: ter contato com a natureza, caminhar um pouco, ver uma série ou um filme que gostamos ou, até mesmo, ter sensações físicas como sentir um cheiro aromático, olhar para o céu por alguns minutos… seja lá qual for o seu método de tranquilizar-se, há outra forma que não somente pela comida.
Um cuidado, no entanto, deve ser tomado: caso a comida seja a forma que escolhemos, naquele momento, para ajustar nossas emoções, a gentiliza a ausência de culpa, o prazer precisa ser o foco. “Às vezes e comer mesmo, mas sem ter medo, tristeza, culpa.
Como aplicar a alimentação intuitiva
Não há uma receita de bolo para incluir a alimentação intuitiva no dia a dia. O mais importante da prática é ficar atento ao corpo e racionalizar a nossa vontade a partir de uma lógica de bondade e consciência com as nossas escolhas.
Perguntas como “vou comer, pois estou com fome?”, “preciso comer isso agora?”, “realmente me fará melhor e mais feliz comendo isso agora?”, por exemplo, nos leva a realizar um exercício mental para compreendermos a melhor escolha para aquele tempo e para o nosso corpo.
“Tudo isso é um exercício de alimentação intuitiva. Honrar a fome, fazer as pazes com a comida, lidar com as emoções sem usar a comida”, conta Daiana.
Pelas redes sociais e pelo curso de Daiana, o Reeduque, a estudante de Nutrição ensina como incluir a alimentação intuitiva na rotina. “É importante educar-se sobre alimentação intuitiva. Encontrar recursos confiáveis, ler livros sobre alimentação intuitiva, trazer consciência para o dia a dia”, tudo isso ajuda a aplicar o método alimentar.
E falando em informação e livros, Daiana recomendou alguns para os nossos leitores. Confira:
“Com esses 3 você está pronto para deixar as dietas de lado e viver a reeducação alimentar com prazer”, finaliza.
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