Começou nesta terça-feira (1º), em Brasília, a I Conferência Nacional iLab‑Segurança 2025, um dos maiores encontros já realizados sobre segurança pública no Brasil. O evento, que se estende até quinta-feira (3/ receberá debates sobre inteligência policial, combate ao crime organizado, tecnologia e políticas preventivas.
Promovido pelo Conselho Nacional dos Secretários de Segurança Pública (Consesp), o seminário é liderado pelo secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar. Segundo ele, o iLab marca o início de um novo ciclo na segurança pública, com foco em escuta ativa, cooperação entre entes federativos e protagonismo técnico das forças policiais.
“O iLab inaugura esse novo ciclo de escuta, cooperação e protagonismo técnico. É um verdadeiro marco para a segurança pública do país”, afirmou Avelar.
Ao longo dos três dias, a conferência reunirá mais de 130 comandantes, delegados-gerais, peritos, gestores e especialistas do setor em painéis voltados para temas como inteligência e investigação policial, tecnologias de monitoramento, gestão prisional, integração de bancos de dados, valorização profissional e políticas públicas de prevenção.
Um dos destaques será a apresentação de um pacote de anteprojetos legislativos, elaborados por representantes estaduais, com propostas para endurecimento de penas contra o crime organizado e facções armadas, aprimoramento da tipificação penal de atentados contra agentes públicos e ampliação do uso de tecnologia na prevenção e repressão criminal.
Em paralelo, acontece a Expo iLab, uma feira de soluções tecnológicas para a segurança pública, com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAPDF).
O iLab 2025 ocorre em um momento estratégico, durante a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2025, conhecida como PEC da Segurança. Para Avelar, a conferência serve como ambiente ideal para que os estados construam propostas concretas e avancem no fortalecimento do pacto federativo.
“O que defendemos é o respeito à autonomia dos estados, ao mesmo tempo em que buscamos integração real, com compartilhamento de dados, interoperabilidade entre sistemas e sinergia nas estratégias de enfrentamento ao crime”, completou o secretário.