Um dia após entrarem em greve, os professores da rede pública de ensino do DF organizaram uma manifestação em frente Subsecretaria de Gestão de Pessoas (Sugep), que faz parte da Secretaria de Educação e fica localizada no Shopping ID. O ato reuniu cerca de 100 grevistas e foi marcado por confusão e confronto com os seguranças do centro comercial. Vídeos mostram que, em certo momento, sprays de pimenta foram utilizados para conter a multidão. Confira:
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Levi Porto, professor há 25 anos e uns dos diretores do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro), afirmou que a primeira reivindicação é com relação ao direito de fazer greve. “A greve é um direito constitucional, nós temos direito de tentar conquistar as nossas lutas. A greve é legítima, nós não tivemos acordo de percentual em 2023, como estão alegando”.
Os profissionais, que pedem melhorias salariais e estruturação de carreira, entraram em greve de forma oficial na última segunda-feira (2). Segundo Levi, entre as reivindicações dos professores estão:
- acordo percentual;
- diminuição de padrões;
- valorização dos títulos de mestrado e doutorado;
- construção de novas escolas;
- efetivação dos contratos.

Levi Porto, diretor do Sinpro-DF | Foto: GPS Brasília
“Temos hoje na secretaria 15 mil contratos temporários e apenas 9 mil contratos efetivos. Ou seja, hoje, dois terços são de contratos temporários. Isso precariza a educação em todos os sentidos”, disse o dirigente.
Por conta da confusão, a Polícia Militar foi acionada e o Shopping ID fechou as portas impedindo a entrada de manifestantes nas dependências do prédio com a alegação que estavam tentando invadir o local. Os manifestantes desmentiram dizendo que foram recebidos com spray de pimenta e empurrões.
“O governo fechou todas as portas de negociação, para nós não tem outra alternativa se não fazer movimento de rua. Não houve quebradeira e ninguém tentou invadir nada, nosso trabalho é ordeiro”, concluiu Levi.