Cantora portuguesa Mariza bate-papo com o GPS; confira

Um dos maiores nomes do fado, a cantora portuguesa Mariza chegou a Brasília para se apresentar, neste sábado (27), no palco do Ulysses Guimarães. No show, ela apresentará um repertório que inclui seus maiores sucessos, como ‘Quem me Dera’ e ‘Melhor de Mim’.

Com quase duas décadas de carreira, a habilidade de Mariza de combinar tradição e contemporaneidade em performances cativantes a tornou reconhecida internacionalmente.

Antes de sua apresentação, Mariza bateu um papo com o portal sobre sua carreira. Confira: 

 

Quando e como percebeu que queria seguir carreira artística? 

Desde o início, nunca imaginei que minha vida se entrelaçaria com os caminhos da arte. O meu primeiro disco, para mim, era um mero gesto de amor, uma homenagem ao meu pai. No entanto, a vida, com os seus misteriosos desígnios, guiou-me por uma trilha repleta de melodias e palcos. 

Hoje, olhando para trás, sou tomada por uma gratidão profunda. Cada nota que cantei, cada aplauso que recebi, sinto-os como bênçãos inesperadas que enriqueceram a minha jornada. Estou verdadeiramente grata e sinto-me abençoada por cada momento, por cada virada inesperada que me trouxe até aqui.

Sempre teve o apoio da sua família na sua carreira? 

A minha família sempre achou o meu canto especial, mas nunca acharam que seria esse o meu caminho, no entanto nunca se opuseram.

Como é o seu processo de criação? 

A minha inspiração nasce do mundo ao meu redor. Tudo o que vejo e experiencio infunde vida na minha arte. Acredito que isso seja universal entre os artistas; somos espelhos refletindo a vastidão e a variedade do que nos circunda. A realidade que nos envolve é o combustível para a criatividade. Sem o pulsar constante do mundo e suas infindáveis nuances, a nossa capacidade de criar poderia, de certo modo, se atenuar. Portanto, enquanto o mundo girar, continuaremos a criar e a sonhar.

Como é o estilo fado? Quais são as principais características? 

O fado é uma expressão musical tão profunda, mergulha nos sentimentos mais intrínsecos do ser humano, como o amor, a paixão, o ciúme e a inconfundível saudade. Há uma aura romântica que envolve cada melodia, cada verso, transformando simples canções em espelhos da alma.

Já veio a Brasília anteriormente?

Se a minha memória não falha, já estive em Brasília uma vez. É uma cidade que cativa profundamente o meu coração com sua rica história e arquitetura singular. Sinto uma curiosidade vibrante sobre ela, e estou verdadeiramente entusiasmada por ter a oportunidade de voltar a cantar neste local tão inspirador.

Onde já se apresentou no Brasil? 

Já tive a alegria de me apresentar em diversas cidades brasileiras, desde Salvador até Ilhabela. Sempre que possível, procuro levar a minha música a novos lugares, encontrando públicos distintos e compartilhando com eles a minha arte.

Quais você acredita que sejam os diferenciais do público brasileiro?

O público brasileiro possui um calor humano inigualável, uma generosidade espirituosa que eu carinhosamente chamo de “calor tropical”. Esse calor faz com que cada apresentação seja única, fluindo de maneira especial. Sinto-me imensamente honrada e tocada por poder compartilhar a minha arte com um público tão acolhedor e especial.