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Conheça Antônio Geraldo da Silva, novo especialista do GPS|Brasília

Neste artigo, Antônio Geraldo fala sobre sua vida e carreira. A coluna será publicada às sextas-feiras
Foto: Cortesia
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É com enorme satisfação que me apresento como o novo colunista do GPS. Sou Antônio Geraldo da Silva, médico psiquiatra, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e Diretor Clínico do IPAGE – Instituto de Psiquiatria Antônio Geraldo. É um prazer ter a oportunidade de contribuir neste espaço como colunista.

Nasci na pequena cidade de Grão Mogol, situada no Norte de Minas Gerais, onde cresci estudando em escola pública, fui morar em Montes Claros-MG onde estudei Medicina na UNIMONTES e me interessei pela psiquiatria. Depois de concluir meus estudos na Faculdade de Medicina na Universidade Estadual de Montes Claros, segui rumo a Brasília, onde completei minha residência no Programa de Residência Médica Integrada do HSVP/UnB pela SES/GDF/FUB e dei início à minha jornada profissional. Depois estudei na UNICAMP e na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto-Portugal, onde concluí meu Doutoramento e meu Doutorado. Seguir adiante e fiz meu Pós Doutorado em Medicina Molecular na Faculdade de Medicina da UFMG. Tendo estudado em escolas públicas, devolvo através de trabalho voluntário, o que a sociedade investiu em mim.

Desde sempre, minha motivação foi ajudar aqueles que enfrentam desafios relacionados às doenças mentais. Escolhi dedicar-me à psiquiatria por acreditar na capacidade dessa área de oferecer um atendimento humanizado e eficaz para todos. Essa convicção me impulsionou a assumir a presidência da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e depois a presidência da Associação Psiquiátrica da América Latina – APAL, onde pude deixar minha marca ao trazer para o Brasil a Campanha Setembro Amarelo – ABP/CFM, uma iniciativa importantíssima para conscientização e prevenção do suicídio.

Ao longo desses dez anos de campanha, nossos esforços em prol da saúde mental dos brasileiros nos permitiram conquistar voz ativa no debate público acerca de temas fundamentais relacionados à saúde mental, como o suicídio, a distribuição gratuita de medicamentos para tratar a depressão e ansiedade nas farmácias populares e a melhora na estrutura do sistema público de saúde para atender a população mais vulnerável. Participei de audiências públicas em Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas, no Congresso Nacional,  e a Campanha Setembro Amarelo já faz parte do calendário nacional, com diversos estados e municípios promovendo ações de prevenção e conscientização sobre o suicídio neste período do ano.

Durante a minha carreira, tenho sido um defensor incansável daqueles que sofrem com o estigma e a discriminação em relação as doença mentais. Em 2011, realizei a última  entrevista em vida do saudoso Chico Anísio, quando ele confidenciou que fazia tratamento para a depressão há muitos anos. Pensei então que não existia uma palavra que descrevesse o preconceito que as pessoas que sofrem de transtornos mentais enfrentam, assim como nós, médicos psiquiatras que atuamos nesta área. Através de muita pesquisa e estudo, criei o neologismo “Psicofobia” para explicar este preconceito enraizado em nossa sociedade. Desde então, a Campanha de Combate à Psicofobia se tornou uma ação fixa no calendário da ABP.

Com toda minha bagagem, experiência e comprometimento com a causa para uma boa saúde mental, estou entusiasmado para contribuir com o diálogo sobre este tema tão importante como o cuidado com a qualidade de vida e a saúde mental  e poder  compartilhar minhas perspectivas e conhecimento nesta coluna. É uma grande honra fazer parte desse time e poder contribuir com todos vocês, nossos leitores.